Após ser demitido, procurado pela Interpol toma decisão. Entenda
Procurado pela Argentina por fraude, James Marciel foi exonerado da istração regional do Plano Piloto nesta quarta (12/6)
atualizado
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Após a revelação exclusiva da coluna de que um brasileiro procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) estava trabalhando em um cargo comissionado na istração regional do Plano Piloto, no centro da capital Federal, o homem, identificado como James Marciel de Sousa Oliveira, tomou uma decisão.
Ele, que é procurado pelos crimes de associação ilegal e fraude especial para uso de dados de cartões de débito e/ou crédito de terceiros, mantinha dois perfis nas redes sociais — ambos com mais de 5 mil seguidores. Contudo, decidiu se afastar da web após o escândalo ser revelado.
O perfil pessoal do homem, onde colecionava fotos ao lado de políticos e familiares, foi privado e teve a foto principal apagada.
Além de fazer parte do quadro de funcionários que prestam serviços para órgãos públicos do Distrito Federal, o homem está à frente de uma Organização Não Governamental (ONG) que atende pessoas em situação de vulnerabilidade que vivem no Paranoá. O projeto, que tinha mais de 8 mil seguidores, foi excluído das redes sociais.
Exclusiva
Nessa quarta-feira (11/6), a coluna revelou, em primeira mão, que James é procurado pela Argentina pelos crimes de associação ilegal e fraude especial para uso de dados de cartões de débito e/ou crédito de terceiros.
Por meio do Portal da Transparência, a coluna apurou que James Marciel recebia salário bruto de R$ 4 mil pelo cargo de assessor na istração Regional do Plano Piloto.
Após a veiculação do fato, o homem foi exonerado do cargo de assessor da Diretoria de Articulação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codes-DF), ao qual tinha sido nomeado em outubro do ano ado. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF).
“Desconhecia o alerta”
Após a divulgação do caso pela coluna, a defesa de James entrou em contato com a reportagem e declarou que o homem desconhecia a existência do alerta.
Em nota, os advogados de James escreveram que ele nunca foi formalmente comunicado, citado ou teve ciência de qualquer acusação criminal na Argentina.
Além disso, os advogados declararam que, no Brasil, o cliente não responde a qualquer processo criminal.
“Antes de assumir função pública, James apresentou todas as certidões negativas exigidas por lei, comprovando a absoluta ausência de antecedentes criminais ou pendências judiciais”, disse.
A defesa alegou que não existe qualquer processo ou homologação de sentença estrangeira contra ele no STJ.
Informou ainda que entrará em contato com a Argentina para sanar todas as nulidades e demonstrar a total ausência de responsabilidade de James.
“Também será solicitado à Interpol o cancelamento imediato da notificação, diante das ilegalidades e nulidades constatadas.”